Lições do campeão mundial Diego Hypolito - 2ª Parte

William Douglas

Semana passada comecei a falar sobre minhas conversas com Diego Hypolito, campeão mundial de ginástica olímpica. Se ainda não leu, comece por lá. Além das lições que aprendeu com os obstáculos e surpresas desagradáveis, Diego fala de um modo muito interessante sobre sua rotina de treinos e de vida.

Após falarmos das contusões, em outro ponto da conversa, bem interessante, ele falou de sua rotina. Em suma, disse que gosta de tudo o que as pessoas gostam, como se divertir, sair etc, mas mantém essas atividades debaixo de severa disciplina, para não prejudicar seu sonho. Segundo ele, o que o protege (sim, ele usou exatamente esse termo) é a sua rotina. Ele vê a rotina de treinos e horários não como um problema ou algo ruim, mas como algo que o aproxima daquilo que deseja. E, de fato, a disciplina funciona assim mesmo.

Diego continua treinando, e muito, e enfrentando os problemas naturais e os que o surpreendem. Está otimista, trata bem os outros, está feliz porque está perseguindo seus sonhos. Ele tem um plano e é disciplinado para executá-lo. Aprendeu a lidar com o processo de preparação e para isso também se vale dos conhecimentos e orientações do seu técnico, de sua fé em Deus e, claro, de muita garra e determinação. Ele busca a perfeição em seus movimentos, assim como um concurseiro busca a perfeição em seus estudos e nas provas.

Uma coisa que me impressiona muito no Diego é seu sonho. Ele foi sonhando ganhar cada um dos campeonatos que foi ganhando. O último de que participei de perto foi o campeonato mundial: como ele sonhou com isso! Depois veio o Pan, onde ele foi simplesmente brilhante. Agora, sonha com a medalha olímpica. Ele é um sonhador. Sem sonhar, sem desejar ardente e apaixonadamente alguma coisa, raramente a conseguimos.

Contudo, isso foi só metade do que fez de Diego um campeão. A outra metade foi o fato de ele ser um trabalhador. Sonhos sem esforço, sem plano, sem rotina de treinos são quimeras, ilusões, tolices. Sonho puro não faz nada. Ele só funciona quando quem o nutre põe a mão na massa, os pés no chão, suor na pele¸ planejamento em marcha. Sonho funciona muito bem quando conjugado com dedicação. Vejo sonhadores todos os dias, mas eles só se transformam em vencedores quando fazem o que tem que ser feito, quando pagam o preço da obtenção do objeto do desejo. Rotina, sacrifícios, treinar nem que seja mentalmente... coisas assim.

Diego já é um campeão, tanto pelas medalhas que possui quanto pelo seu jeito de ser, pelo quanto se dedica para chegar ao topo, lugar que lhe cai bem. Na Olimpíada, só existe uma medalha de ouro e ele está indo buscá-la, com trabalho e fé. Se vai trazê-la, não sabemos. Por enquanto, sabemos apenas que ele está fazendo por merecer.

No concurso, amigo, é um pouco diferente: você não precisa superar outros campeões, mas apenas a si mesmo. Contudo, a necessidade de otimismo, treino, persistência, disciplina e esforço é a mesma. E, estou certo, se você quiser, está tudo aí dentro de você. E mais, desconfio que as lições de que Diego nos recorda não servem só para a ginástica olímpica e para o concurso. Se buscarmos a perfeição nos relacionamentos, no trabalho, seremos todos campeões na vida.

Todos nós nascemos campeões: é só não parar de acreditar, de trabalhar, de ir em frente. Todos nós podemos ser campeões: basta nos comportarmos como tal.

Comporte-se como um campeão pelo prazo suficiente, e você será um. Palavra de "guru".

Estou orando a Deus por vocês, e também pelo Diego. Quem quiser, faça parte dessa corrente.

Abraço forte e fraternal.

William Douglas

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