Deputado critica MP e PGE por causa de Concurso Público no Amazonas

Deputado denuncia privilégios e injustiças em concurso para delegados da Polícia Civil e critica inação da Justiça e Ministério Público.
Quinta-feira, 28 de abril de 2011 às 10h13
Deputado critica MP e PGE por causa de Concurso Público no Amazonas

O deputado criticou, na manhã desta quarta-feira (27 de abril de 2011), o recente concurso para delegados da Polícia Civil realizado pelo governo estadual. Para ele, o processo "está eivado de injustiças e ilegalidades, privilegiando sobrinhos de desembargadores e de secretários e subsecretários de Segurança, que obtiveram liminares na justiça para seus protegidos "atropelarem" candidatos aprovados com notas bem superiores e prontos para assumir seus cargos".

Ele ainda declarou que "mesmo diante de tanta ilegalidade e privilégios, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) e o Ministério Público Estadual (MPE), chamados para resolver a questão, estranhamente, até o momento, não compreenderam a gravidade dos fatos".

Na opinião do deputado, essa situação envolve a moral e a própria dignidade daqueles que prestaram concurso, tornando-se emblema da fragilidade institucional em que se encontra o aparelho de Segurança. "Candidatos que ficaram na milésima colocação em suas notas, são chamados para ocupar funções de delegado de polícia, em detrimento de pessoas que se colocaram bem melhor nas provas", afirmou.

Como exemplo, o parlamentar citou o nome de um candidato, que ficou em 1010º lugar, na primeira fase do concurso e foi chamado para a segunda fase, apoiado em liminar judicial. "Incrível que a Justiça, neste caso, ao invés de impedir o abuso e privilégio, ela patrocine essa ilegalidade, e quem não tem a influência jurídica necessária para poder valer seus interesses, se perde no rol daqueles que estudaram e tentaram honestamente, adentrar na carreira policial", disse.

As injunções que estão sendo realizadas no aparelho de Segurança, segundo o deputado, comprometem a credibilidade do órgão. Para o deputado, o mais grave, no entanto, é que o Ministério Público, até o momento, nada fez em relação a essa situação, inclusive aquela que envolve o secretário executivo de Inteligência da Polícia Civil, que ficou em 395º e foi chamado, numa retificação na lista de homologação, ocupando o 121º lugar. "Um completo absurdo", reafirmou.

Mais informações: www.aleam.gov.br.

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