CEPROMAT - MT realizará concurso para diminuir mão de obra terceirizada

Governo propõe criação de 100 cargos de Analistas de Sistemas para CEPROMAT visando evolução tecnológica e redução de custos
Terça-feira, 12 de julho de 2011 às 13h29
CEPROMAT - MT realizará concurso para diminuir mão de obra terceirizada

A mensagem 42/2011 encaminhada pelo Governo do Estado para a Assembleia Legislativa pedindo a criação de 100 cargos de Analistas de Sistemas para o Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (CEPROMAT) se dá pela necessidade da evolução da área de tecnologia da informação que resultou no aumento considerável de suas complexidades.

Segundo o diretor de Relacionamento com o Cliente, Djalma Souza Soares, os custos com o atual sistema são da ordem de R$ 10.711.000,00 anuais, com previsão de economia, com aprovação da mensagem, de R$ 2.257.000,00. "As tecnologias por si só criaram uma demanda, por mais colaboradores com formação acadêmica, capacidade e experiência de desenvolverem tais tecnologias nas diversas áreas em que são utilizadas", disse Djalma.

O diretor também argumenta na necessidade de substituição de servidores que atuam na empresa via contrato com empresa terceirizada. Já tem 14 anos que não é realizado Concurso Público, isso expõe o órgão a dificuldades para atendimentos dos crescentes pleitos.

Cabe ainda esclarecer que o CEPROMAT sendo o órgão Central de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do Estado, ao longo dos tempos, teve sua demanda de serviços aumentada em virtude das solicitações dos órgãos/secretarias e seu quadro de Analistas de TI teve também modificações, mas não na mesma proporção necessária para atendimento das demandas.

Antigamente um analista deveria saber tão somente as linguagens Natural e Cobol para exercerem suas funções de análise e programação na empresa. Atualmente a empresa trabalha com linguagens Java, Javascript, SQL, PHP, Genexus, PLSQL, ASP e muitas outras, o que impede que uma só pessoa domine e realize os serviços com todas estas linguagens. Com Banco de Dados ocorre a mesma coisa: anteriormente se usava somente ADABAS e atualmente trabalha-se com ORACLE, SQLserver, MySQL, Posgree e outros.

O mesmo ocorre com tecnologias de serviços e infra-estrutura, antigamente todos os sistemas rodavam confinados num único computador mainframe e a comunicação entre terminais e ele eram realizadas por controladoras. Agora são diversos servidores (bancos de dados, aplicações, balanceadores de carga, e-mails, antivírus, certificados digitais, filtros de conteúdo, internet, DNS, etc.) nas mais diversas configurações; uma diversidade de sistemas operacionais (Windows Server em várias versões, Linux de diversas distribuições, OS-390, etc); um conjunto de ativos (switches, roteadores, appliances, etc.) de rede de maior complexidade e uma enorme gama de softwares para infra-estrutura tais como firewalls, filtros de conteúdo, antivírus, virtualização e muitos outros.

Ao longo do tempo houve uma mudança substancial na necessidade de sistemas e novas tecnologias, sendo que anteriormente as demandas eram mais urgentes para apoiar as áreas meio, tais como gestão de pessoas, planejamento, financeiro, contábil, orçamentário e logística. Atualmente a tecnologia de informação e comunicação é fator crítico de sucesso para todas as áreas finalísticas do Estado (educação, segurança, saúde, transporte e outros), para todas as suas funções, e isto por si só também demandam um número cada vez maior de colaboradores para realizarem as implementações das soluções tecnológicas.

Desta forma a somatória da demanda de mais colaboradores exigida pela necessidade de especialistas por tecnologias e aumento substancial da necessidade de mais pessoas para aumentar o volume de horas-homem para implementar um número cada vez maior de soluções tecnológicas exigidas pelas demandas dos órgãos, faz com que tenhamos uma combinação de explosão de demanda urgente de mais funcionários no quadro efetivo do CEPROMAT.

A consequência da falta de servidores é que o CEPROMAT deixa de atender várias solicitações de clientes, principalmente por falta de mão-de-obra, impactando negativamente nos resultados da empresa e prejudicando as ações do Estado por falta de condições de prover soluções em TIC para dar suporte aos negócios do Estado.

Destaca-se ainda o desenvolvimento e manutenção de sistemas para o Estado, como por exemplos: Sistema Portal do Estado; Sistema de Informações Gerenciais - SIG; Sistema de Planejamento, Contabilidade e Finanças de Mato Grosso - FIPLAN, Sistema DETRAN, Sistema de Transporte Público Versão 2 da AGER, Sistema Terra Nua para FACS, Sistema da Dívida Pública, Módulo no Sistema FIFLAN para Roraima: Controle de Contratos e Convênios, Sistema de Gestão do Governo - GGOV para CASA CIVIL e outros.

A falta de pessoas do quadro efetivo provoca descontinuidade nos serviços bem como na alocação de serviços em funções estratégicas da TI nos órgãos. Esta questão tem impedido maior avanço na implementação dos processos de TI, no monitoramento de seus indicadores, na quase impossibilidade de se aplicar um plano de capacitação uniforme.

"Confiar à gestão de sistemas estratégicos de governo a terceiros é um ponto de reflexão e que ao nosso entender estes sistemas devem ser geridos exclusivamente por servidores efetivos a fim de garantir uniformidade nos padrões, continuidade, maior diálogo entre os órgãos de governo e conseqüentemente maior economicidade e produtividade da área e acima de tudo, garantia de continuidade dos negócios de Governo" concluiu Djalma Soares.

Mais informações através do endereço eletrônico www.mt.gov.br.

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