Observe as afirmações de Theodor W. Adorno sobreo belo natural na teoria estética:
“Belo, na natureza, é o que aparece como algo mais do que o que existe literalmente no seu lugar. Sem receptividade, não existiria uma tal expressão objetiva, mas ela não se reduz ao sujeito; o belo natural aponta para o primado do objeto na experiência artística subjetiva. Ele é percebido, ao mesmo tempo, como algo de compulsivamente obrigatório e como incompreensível, que espera interrogativamente a sua resolução. Poucas coisas se transferiram tão perfeitamente do belo natural para as obras de arte como este duplo caráter. Sob este aspecto, a arte é, em vez de imitação da natureza, uma imitação do belo natural.”
(ADORNO, Thedor W. Teoria Estética. Lisboa: Edições70, 1970, p. 87)
Na concepção do autor, a indicação do belo natural, ao se transpor para a arte, imprime uma categorização subjetiva da experiência daquele que contempla e, em si, é incompreensível. Neste sentido, o belo natural se configura: