A Fundação Getulio Vargas (FGV) foi oficialmente confirmada como responsável pela organização do novo concurso do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ RS). O edital está previsto para ser divulgado em breve e incluirá oportunidades para os cargos de técnico e analista judiciário, abrangendo diversas áreas de atuação.
Entender as características da organizadora é essencial para quem deseja conquistar uma vaga.
A FGV é reconhecida por elaborar avaliações que apresentam enunciados extensos, detalhados e que exigem interpretação criteriosa. Suas provas vão além do simples conhecimento teórico, priorizando a atenção na leitura, raciocínio analítico e gestão eficiente do tempo de resolução.
Frequentemente, os candidatos sentem que conheciam o conteúdo, mas relatam dificuldade em concluir todas as questões no tempo disponível.
Padrão de questões FGV
A organizadora costuma trabalhar com "cases", ou seja, situações-problema com narrativas detalhadas. O candidato deve saber identificar as informações realmente relevantes, desconsiderar dados secundários e aplicar o conhecimento técnico de maneira adequada.
Esse perfil se repete em todas as áreas avaliadas, desde disciplinas de Língua Portuguesa até matérias específicas como Direito ou Engenharia.
No caso das provas jurídicas, principalmente para cargos de nível superior, a cobrança vai além da chamada "lei seca" e aborda doutrina e jurisprudência. Já para funções de nível médio, como o cargo de técnico judiciário, predomina a legislação literal, embora inserida em contextos práticos e interpretativos.
Outro ponto de destaque são as questões de Língua Portuguesa, apontadas como um dos grandes desafios nos exames da banca.
A interpretação de texto é exigida de forma intensa, com perguntas que cobram não apenas regras gramaticais, mas competências avançadas de análise textual.
Além disso, as provas da FGV costumam ter um nível de dificuldade elevado. Não raro, uma ou duas disciplinas tornam-se mais complexas de propósito, exigindo ainda mais atenção.
Diante desse cenário, é fundamental:
- Praticar por meio de provas anteriores da FGV;
- Simular o tempo de prova para treinar resistência mental;
- Aprimorar a leitura crítica e a análise das questões.
Apesar do grau de exigência, existe uma vantagem para o candidato: normalmente, as notas de corte são mais baixas em comparação a seleções de outras organizadoras, devido à dificuldade das avaliações.
Assim, adotar uma estratégia de resolução consciente, sem desperdiçar tempo com questões excessivamente complexas, pode ser determinante para um bom resultado.
Em resumo, encarar provas da FGV requer preparo estratégico, união de teoria e prática, além de controle emocional. Quem adapta os estudos ao jeito da banca tende a ter vantagem no concurso TJ RS.
Enfoque das provas: interpretação e raciocínio
Uma das principais características dos exames organizados pela FGV é o forte foco na interpretação de textos e no raciocínio lógico aplicado.
Ao contrário de instituições que priorizam a memorização, a FGV exige que o participante analise cenários, compreenda contextos e demonstre tomada de decisão com base em lógica, legislação ou conhecimento técnico.
Em vez de perguntas diretas, são comuns os enunciados situacionais que simulam dilemas administrativos, problemas jurídicos ou situações cotidianas.
Isso exige do candidato não apenas domínio teórico, mas o desenvolvimento de uma leitura crítica e postura estratégica na resolução das questões. Saber reconhecer informações realmente relevantes entre dados extensos faz toda a diferença na classificação.
Enunciados extensos e desafiadores
Outro aspecto marcante dessas provas é o tamanho e complexidade dos textos e alternativas. Os enunciados geralmente apresentam diversas informações, das quais algumas podem não ser necessárias para a resolução.
Esse formato testa a capacidade do candidato de manter concentração e discernimento. As alternativas, muitas vezes extensas, apresentam detalhes e pequenas diferenças conceituais.
É comum encontrar alternativas parcialmente corretas, misturando acertos e pequenos desvios para testar atenção.
Devido à grande quantidade de leitura, os cadernos de prova podem ser volumosos. Isso exige uma preparação não apenas intelectual, mas física e psicológica para aguentar o cansaço.
Controlar o tempo é fundamental - caso contrário, mesmo quem domina o conteúdo pode não conseguir finalizar tudo.
Cobrança jurídica: além do texto da lei
Nos cargos jurídicos de nível superior, a FGV costuma ir além da legislação literal e explora doutrina, jurisprudência e temas discutidos nos tribunais superiores. É importante acompanhar entendimentos recentes e compreender a aplicação prática das normas, e não se limitar ao artigo do texto legal.
Para cargos de nível médio, o foco permanece mais restrito à legislação, mas a cobrança ocorre dentro de contextos práticos, exigindo compreensão aplicada das normas.
Em todos os níveis, quem sabe ler estrategicamente e aplicar a teoria em situações reais conquista diferencial.
Dificuldade e notas de corte
A FGV costuma aprofundar o nível de exigência em uma ou duas disciplinas, o que impacta diretamente o desempenho geral. É comum que áreas como Língua Portuguesa, Raciocínio Lógico ou Direito Constitucional recebam tratamento mais rigoroso.
Como consequência, as notas de corte tendem a ser menores do que as de provas mais objetivas ou menos complexas, o que pode beneficiar o candidato que se prepara com qualidade mesmo que erre algumas questões.
O segredo é identificar as disciplinas mais exigentes e adaptar o cronograma para aprofundar o conhecimento nos pontos-chave.
Língua Portuguesa: destaque nas provas
Entre todas as matérias, Língua Portuguesa é frequentemente apontada como a mais desafiadora nos concursos da FGV. As questões não se limitam a gramática, abrangendo análise de textos densos, interpretação, análise sintática e semântica, entre outros tópicos.
A compreensão crítica da leitura é altamente valorizada, com uso de textos de diferentes gêneros, como trechos acadêmicos, literários ou jornalísticos.
Por isso, é essencial dedicar tempo consistente à preparação em Língua Portuguesa, unindo prática de teoria, resolução de questões e revisão constante dos principais tópicos.
Estrutura das provas do concurso do TJ RS
A seleção para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul contará com uma única fase: prova objetiva. Esta será aplicada em datas distintas, conforme o cargo, facilitando a logística e a distribuição dos candidatos.
Para Analista Judiciário (nível superior):
- 80 questões divididas da seguinte forma:
- Língua Portuguesa 22 questões
- Conhecimentos Específicos 36 questões
- Tópicos de Legislação 10 questões
- Microinformática 12 questões
Para Técnico Judiciário (nível médio):
- 80 questões, sendo:
- Língua Portuguesa 28 questões
- Raciocínio Lógico 24 questões
- Legislação 16 questões
- Microinformática 12 questões
O exame será aplicado em oito cidades do RS, no turno da tarde, com duração de 4 horas. O tempo será um desafio adicional, pois a FGV tem tradição de apresentar questões com enunciados longos.
Como se preparar para a FGV
O desempenho nas provas organizadas pela FGV depende de mais do que domínio dos conteúdos: é fundamental adotar uma estratégia adaptada ao perfil da banca.
Veja dicas essenciais para aumentar suas chances:
- Treine leitura e interpretação intensamente
- Trabalhe com textos extensos e complexos, inclusive em temas jurídicos e de Língua Portuguesa.
- Simule provas completas, cronometrando o tempo
- Acostume-se a resolver cadernos inteiros e gerencie o tempo para não deixar itens em branco.
- Resolução de questões de provas anteriores da FGV
- Observe padrões, recorrências e as particularidades dos enunciados.
- Priorize revisão dos conteúdos mais importantes
- Foque nas disciplinas e temas que têm maior chance de cobrança.
- Gerencie o tempo durante a prova
- Comece pelas questões mais fáceis ou com as quais tiver mais afinidade e deixe as mais longas para o final.
Com preparação direcionada e treino focado, é possível aumentar significativamente o desempenho e conquistar uma das vagas no concurso TJ RS.
